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O problema dos monopolos magnéticos

Monopólos magnéticos são partículas hipotéticas que contêm carga magnética. O processo de quebra espontânea de simetria, que teria ocorrido em $t\approx 10^{-35}$ s, gerou soluções físicas que podem ser interpretadas como monopolos magnéticos. A conseqüência disso é que a equação de Maxwell referente ao campo magnético passaria a ser escrita como $\nabla \cdot \mathbf{B}\neq 0 $. A energia de um monopolo é de cerca de $10^{16}$ GeV, correspondendo a uma massa de cerca de $1,8 \times 10^{-8}$ g. Supondo que apenas $1$ monopolo seja criado em uma esfera com raio da ordem do raio de Hubble, a densidade de massa de monopolos nessa época seria $1,7 \times 10^{65}~\textrm{g}\cdot
\textrm{cm}^{-3}$. Esse valor deveria ser diluído pela expansão para uma densidade que atualmente atingiria $10^{-15}~\textrm{g}\cdot \textrm{cm}^{-3} \gg \rho_{c} \simeq 9,47
\times 10^{-30}~\textrm{g}\cdot \textrm{cm}^{-3}$. Para uma densidade dessa ordem, o Universo colapsaria para uma singularidade em um tempo da ordem de $10^{5}$ anos. Além disso, monopolos são partículas estáveis que não podem ser destruídas. Portanto, o problema da densidade excessiva de monopolos parece não ter solução no contexto do modelo padrão.



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Carlos Alexandre Wuensche - Criado em 2005-06-02