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Introdução

Produção do som

Descrevendo cientificamente um som

Freqüências naturais, harmônicos e sobretons

Criando uma nota musical

Propriedades físicas do som

Como percebemos a mistura de sons

A análise dos sons musicais

Intervalos e raiz harmônica

As escalas musicais

Instrumentos musicais e suas características físicas

Conclusão

Bibliografia

 Como percebemos a mistura de sons



Nosso ouvido é uma espécie de "sonar", um instrumento que gera uma corrente elétrica ao ser estimulado por qualquer tipo de onda sonora. Mas por que reagimos diferentemente a diferentes tipos de sons? A resposta está ligada à freqüência com que o tímpano é movimentado pela onda que entre no canal auditivo. Como mencionamos anteriormente, ele não reage somente à nota pura (fundamental), mas também a todas as outras freqüências superiores que constituem aquele som. É interessante perceber as diferentes componentes de um mesmo som e um sintetizador capaz de produzir notas puras pode ser um valioso instrumento de auxílio no estudo desse problema.

Por exemplo, vamos tocar uma nota pura no sintetizador e vamos considerar essa nota como sendo a fundamental de freqüência f. Mantendo esse som, vamos tocar um outro simultaneamente, de freqüência 2f. Com um pouco de prática, podemos distinguir entre o primeiro e o segundo, mais alto, mesmo com ambos soando ao mesmo tempo. Mas será muito difícil diferenciar os dois se começarmos a tocar os dois ao mesmo tempo. O efeito é ainda mais impressionante se fizermos isso com as cinco primeiras componentes de uma série harmônica (f, 2f, 3f, 4 f, 5f). Tocamos em seqüência as 5 freqüências e um ouvido bem treinado é, por vezes, capaz, de "separar" as freqüências individuais. Se pararmos de tocar e iniciarmos novamente, só que desta vez tocando as cinco simultaneamente, passaremos então a ouvir um som complexo e será muito mais complicado "convencer" o nosso cérebro a ouvir somente uma das componentes daquele som.

A mesma idéia pode ser tentada com diferentes harmônicos (por exemplo, f + 3f + 5f, ou 4f + 5f + 6f); o resultado será bastante diferente em qualidade, mas será sempre mais simples separar os sons se eles forem iniciados em seqüência. Variações em amplitude também permitem um resultado sonoro interessantíssimo na qualidade do som resultante.

O osciloscópio pode mostrar a diferença nas combinações de som de diferentes instrumentos (mais simples de ser percebido) e mesmo em diferentes notas tocadas por um mesmo instrumento. Por exemplo, vemos na Figura 2 a notas Fá3, Fá4 e Fá5 tocadas num clarinete e ajustadas em velocidade e freqüência para que todas pareçam estar na mesma altura. Elas foram gravadas e colocadas em paralelo e a diferença é notável, mesmo depois do ajuste feito.

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Última atualização: Julho de 2009