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Introdução

Produção do som

Descrevendo cientificamente um som

Freqüências naturais, harmônicos e sobretons

Criando uma nota musical

Propriedades físicas do som

Como percebemos a mistura de sons

A análise dos sons musicais

Intervalos e raiz harmônica

As escalas musicais

Instrumentos musicais e suas características físicas

Conclusão

Bibliografia

Conclusão

Nosso objetivo nesse texto foi apresentar, mesmo que de forma superficial, alguns dos princípios em que a Acústica se baseia, os mecanismos de produção de som, o conceito (nada trivial de ser entendido sem a devida estrutura matemática) das séries e da análise de Fourier e algumas das diferenças entre sons diversos e sons musicais.

Naturalmente, uma série de tópicos deixou de ser discutido em detalhes aqui, como ressonância, batimentos e, com certeza, muitos outros que você gostaria de ver incluído. Entretanto, meu objetivo, ao ligar diretamente a Física e a Música, foi tentar fornecer algumas ferramentas que nos permitisse distinguir entre os diferentes instrumentos musicais a partir da análise da sua série harmônica – em suma, tentar determinar a sua "assinatura sonora" e mostrar como a Física está direta e intimamente ligada aos detalhes da percepção musical, como a sensibilidade a harmônicos específicos ou as diferentes maneiras de se perceber o que é agudo e grave, ou alto e baixo. Minha formação musical ajudou e influenciou um pouco na escolha de alguns tópicos em detrimento de outros. Entretanto, esse trabalho será certamente revisto para apresentação em outras situações e condições. Releia o material pensando em algo que você gostaria que fosse incluído e, caso deseje, entre em contato comigo. O seu comentário será extremamente valioso para que esse material seja incrementado e melhorado.

Por fim, é interessante comentar as distâncias que separam (ou seria melhor dizer: aproximam?) a Física da Música. Uma forma de arte nunca será objetiva e precisa a ponto de ser uma unanimidade, mas as simetrias e belezas observadas nas leis que governam a combinação das estruturas matemáticas usadas na descrição dos sons, em geral, e que permitem analisar o espectro sonoro de cada instrumento musical guardam estreita relação com a área da Música conhecida como Harmonia. Dessa maneira, a Física e a Matemática também são capazes de mostrar e descrever, a partir de uma abordagem objetiva, as possibilidades das infinitas combinações de sons criadas por um gênio como Johann Sebastian Bach, por exemplo. A delicadeza das construções sonoras dos grandes mestres da Música pode ser vista, ao invés de ouvida, na análise dos sons de suas obras e no perfeito equilíbrio entre as formas de ondas instintivamente combinadas para formá-las. Ao ouvir algumas das "obras canônicas" dos compositores famosos, considero-os privilegiados por serem capazes de expressar e/ou criar emoções e "imagens sonoras" tão belas, algumas perpetuadas através dos séculos, que puderam ser transmitidas a outros através da arte da Música. Ao mesmo tempo, ao estudar a História da Ciência, considero não menos privilegiados alguns dos físicos e matemáticos mais importantes da História. A eles coube o prazer de descobrir leis e fenômenos naturais, nos deixando ferramentas poderosas para o entendimento dessa mesma Natureza. É a perfeição dessas ferramentas e leis que nos permite olhar a Música sob outra óptica, um prisma diferente, unindo os mundos maravilhosos da Arte e da Ciência.

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Última atualização: Julho de 2009